No dia 28 de janeiro foi anunciada em São Paulo a criação da SÃO PAULO CIA DE DANÇA, que visa "trazer excelência à dança nacional". Será uma companhia com teatro próprio (antiga estação rodoviária de São Paulo) e corpo estável de profissionais. Contará com um investimento de aproximadamente 50 milhões de reais apenas em 2008, proveniente do Programa de Ação Cultural (PAC) de São Paulo, e em 2009 se tornará uma OS. Os bailarinos (40) serão contratados via CLT com salário inicial de R$4,5 mil e o processo seletivo se encerra hoje, dia 25 de fevereiro. A idéia é repetir o sucesso da Orquestra do Estado de São Paulo (Osesp), que começou a ganhar reconhecimento internacional após cerca de dez anos de trabalho financiado pelos cofres públicos.
O fato é que essa notícia está deixando a comunidade da dança eufórica e, ao mesmo tempo, deixando todas as companhias oficiais e privadas preocupadas com a perda de seus bailarinos por melhores condições salariais e oportunidades artísticas. Quase todas as companhias oficiais do Brasil estão passando por dificuldades inerentes à falta de investimentos, principalmente quanto à contratação de bailarinos. Muitas estão buscando alternativas e com o BALÉ TEATRO GUAÍRA não é diferente. Por iniciativa de seus bailarinos e incentivo de sua direção, foi fundada a ABABTG.
E, em se falando de excelência na dança, sim ela já existe no Brasil. O que faz a diferença são os esforços despendidos. Há uma carência por estímulos como este, de criação de uma nova companhia, e de outros que amparem as que estão fazendo a história da dança brasileira. Pelo país afora encontramos muitos profissionais talentosos lutando para trabalhar com a dança que, quando não conseguem, param de dançar ou migram para o exterior em busca do sonho de "viver da dança”. A SÃO PAULO CIA DE DANÇA é muito bem vinda e serve de exemplo para que todos os Estados brasileiros valorizem e tratem nossos bailarinos com a seriedade que merecem.
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